CASAL DO FOZ A TERCEIRA LENDA

Sem duvida, o Brasil é o País do futuro. Há apenas, de não se adiar esse futuro.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

RIO GRANDE DO SUL

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RIO GRANDE DO SUL

À época da descoberta do Brasil, a região que actualmente forma o Rio Grande do Sul era habitada pelos índios minuanos, charruas e caaguarás que já lá viviam há 12 mil anos aC.
Sabe-se que foram bons ceramistas e que na caça usavam boleadeiras (espécie de fundas, que eram lançadas aos pés dos animais, em corrida, causando-lhes a queda e assim possibilitando ao caçador, matar as peças). A boleadeira é até hoje um dos instrumentos do peão gaúcho.
Essas tribos viveram bastante tempo com os brancos colonizadores e as disputas entre Portugal e a Espanha sobre os limites das suas possessões das Américas fizeram com que a região só viesse a ser ocupada no século XVII.
Os jesuítas espanhóis foram os primeiros a estabelecer-se no local.
A geografia do estado do Rio Grande do Sul, que se divide em onze regiões fisiográficas e o Tratado das Tordesilhas, de 1494, que dividiu a soberania sobre os descobrimentos entre Portugal e Espanha, influíram para retardar a ocupação a leste, por aqueles.
No caso do Brasil, o meridiano estendia-se a cerca da ilha de Marajó até à baia de Laguna, em Santa Catarina.
Dadas as dúvidas, sobre o ponto exacto, onde devia passar a linha que se convencionara e situando-se o rio de São Pedro na zona discutida, nenhuma das nações, se apressava a ocupá-lo, por temer de novas dificuldades diplomáticas.
No entanto, em princípios do século XVII a Espanha penetrou na margem esquerda do Rio Uruguai, por intermédio dos jesuítas, os quais, a partir do Paraguai, estabeleceram as suas “reduções” (aldeamentos indígenas organizados pelos jesuítas espanhóis no novo mundo), chegando perto donde se situa a hoje Porto Alegre.
A seguir, chegam os Bandeirantes, que destruíram a província do Guairá e descendo à província de Tape, no coração do Rio Grande do Sul, assim como à do Uruguai, desbarataram as aldeias, com o aprisionamento dos índios, levando-os como escravos para as suas lavouras.
António Raposo Tavares foi um dos maiores chefes dessas expedições predatórias.
Os sobreviventes fugiram com os jesuítas mais para sul, onde se fixaram na margem direita do rio Uruguai.
Depois de bastantes batalhas e escaramuças entre portugueses e espanhóis reivindicando direitos, tendo em vista, sobretudo, o tratado das Tordesilhas, celebrado entre ambos os países, onde o força guerreira, se foi fazendo sentir, finalmente os portugueses puderam colonizar o Rio Grande do Sul.
Evangelizar os indígenas foi sempre um dos objectivos, no caso os missionários procederam sempre outras forças.
Nem a pressão dos bandeirantes pôs fim à presença dos jesuítas na margem oriental do rio Uruguai, que cinquenta anos depois, sempre atraídos pelas disponibilidades económicas da região, sobretudo pelo gado, retomando o território perdido, fase que veio a terminar, precedida de longas indecisões diplomáticas, que só terminaram com uma rápida acção militar em 1801.
A conquista do Rio Grande do Sul e seu povoamento são obra do carácter da gente portuguesa.
O litoral do actual território do Rio Grande do Sul, só foi explorado pela expedição de Martim Afonso de Sousa, provavelmente cabendo-lhe a primazia da descoberta da barra do rio Grande, ou de São Pedro.
O Tratado das Tordesilhas não impediu que a coroa Portuguesa se atribuísse o território do Rio Grande do Sul, na verdade.

Daniel Costa








quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

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Foto de Daniel Costa.
BRASÍLIA – DISTRITO FEDERAL

Sendo capital da República Federativa do Brasil, Brasília é ao mesmo tempo, capital de uma das 27 unidades federativas daquele país, situada na Região Centro Oeste.
Aquele Distrito Federal é, na prática, um enclave no estado de Goiás, idealizado por num projecto do então presidente Juscelino Kubitschek, de mudança da capital, da cidade do Rio de Janeiro, para o centro do país.
Aconteceu já na década de 1960, também separado do de Minas Gerais por uma ponte de 130 metros sobre o rio Preto.
Até à chegada, no século XVI, aquela zona central onde está hoje o Distrito Federal, era ocupada por indígenas do tronco macro-jê, como os acroás, os xavantes, os caiapós, os javaés…
No século XVIII, a região era cortada pela linha do tratado das Tordesilhas que, como se sabe, dividia os domínios dos portugueses dos espanhóis e tornou-se rota de passagem para os garimpeiros de origem portuguesa, em direcção às minas de Mato Grosso e a Goiás.
SABEDORIA DOS ÍNDIOS
“Nós os índios, conhecemos silêncio.
Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso que as palavras.
Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.
“Observa, escuta, e logo atua”, nos diziam. Esta é a maneira correta de viver.      
Observa os animais para ver como cuidam dos seus flhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam.
Observa o homem branco para ver o que querem.
Observa primeiro, com o coração e a mente quietos e aprenderas. Quando tiveres observado o suficiente, então poderás atuar”.

A partir de 1500, da expedição, que aportou a terras, que viriam a chamar-se Brasil, comandada por Pedro Álvares Cabral, a região habitada por indígenas ameríndios, até à sua independência, em 1822 é apenas o espaço - tempo, que Teodósio de Mello se propôs estudar.
Foi isso que o motivou a morar no hotel Tambaú, à vista daquele excelso mar da cidade de João Pessoa.
Entretanto, ia observando toda a integração étnica, que os colonizares portugueses iam suscitando e provocando com a sua presença. Observou haver bastantes cruzamentos étnicos. Os portugueses, devido talvez a uma longa tradição de, internamente terem convivido com variados povos, para além dos escravos, podem orgulhar-se de não terem semeado xenofobia. Na observação de Teodósio de Mello, tal como em Portugal, o povo em si é tolerante.
O que se possa aventar é esse mal: do racismo de classes, que afinal é da condição humana.
Senão veja-se, no desenvolvimento de qualquer sociedade, três componentes estão sempre presentes; a religiosa, a económica e a política.
Era este prisma que também guiava Teodósio de Mello, afinal o que motivou tantos portugueses a desembarcar e a desbravar o Brasil?
- Claro que, mais que tudo, a ambição económica!
Uns conseguiram enriquecer, outros jamais o conseguiram, dai que as desigualdades sociais continuassem a ser um facto, originando as classes económicas.
Talvez nenhum lugar do mundo tenha passado por uma miscigenação tão intensa como o Brasil.
Grande parte dos colonizares portugueses ali se miscigenou com índios e africanos, dando origem a entre outras, a bonita mulher cafusa.
Teodósio de Mello, no próprio hotel que elegera como morada, a determinada altura, estava na sala do pequeno-almoço, a amada Samira, eis que se lhe deparam, também no repasto, duas mulheres a parecerem índias.
A primeira reacção foi a ideia de meter conversa com elas, mas retraiu-se e preferiu tentar fazer uma boa observação. Assim fez, sempre a balbuciar e comentando com a namoradinha.
No dia seguinte, como estava certo que aconteceria, lá estavam de novo, ambas, agora acompanhadas com a filhota de uma, apresentando também traços de índia.
Então Teodósio de Mello, declinando o seu nome, apresentado um semblante sorridente, apresentou-se e pediu para as fotografar. Elas de imediato, bem simpáticas se predispuseram a aceitar.
Depois do que resultou, a almejada troca de conversa; não elas, embora com os traços bem vincados não eram índias, mas sempre sorridentes, admitiram ser descendentes dessa etnia.
Em conversa, veio a saber, estarem ali de férias vindas de Brasília, sua cidade.
De facto as mulheres foram muito simpáticas e por mais dias, tantos quantos elas ali permaneceram, conversaram ao pequeno - almoço, até às despedidas.
Aconteceu que, Teodósio de Mello, sentiu-se transportado à contemporaneidade do início da colonização do Brasil.

Daniel Costa